22.10.07

Desenvolvimento de jogos digitais no Nordeste

Entre os dias 22 e 23 acontecem, no Campus I da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), seminários que discutem o mercado de jogos digitais no Nordeste. Desenvolvimento de jogos digitais no Nordeste é o tema central do evento que é organizado pela educadora Lynn Alves através do Departamento de Educação ligado ao grupo de pesquisa Comunidades Virtuais do mestrado em Educação e Contemporaneidade e traz palestras e mesas redondas ressaltando temas como: Jogos digitais e educação delineando novas práticas pedagógicas, inteligência artificial e jogos, jogos eletrônicos e políticas públicas, o programa de inovação tecnológica no Estado da Bahia, entre outros.
A mesa redonda mais polemica do primeiro dia foi a que se discutiu sobre o panorama da indústria de jogos no nordeste. Com a coordenação de Roger Tavares (SENAC-SP) e profissionais como Geber Ramalho (UFPe), Walter Fílho (Elfand-SE), Humberto Bandeira (Indigente-Ba) e Arivan Bastos (virtualiza-Ba), questões ligadas às dificuldades de financiamento e distribuição do conteúdo nortearam as discussões.
Segundo Arivan Bastos, que produz jogos publicitários para hotsites conta que “faltam políticas públicas para incentivar os profissionais da área além da carga tributária ser muito alta”. Humberto Bandeira também concorda com Arivan e relata que a maior dificuldade encontrada pelo grupo que ele faz parte (Indigente que tem as primeiras colocações na categoria de jogos independentes no país), foi a falta de incentivo a pesquisa dentro da universidade onde o projeto da empresa nasceu e acrescenta: “a Bahia precisa mostrar que tem produtos tão bons quanto os comercializados em outros países”, diz.
Walter Fílho, administrador da Lumentech e da Elfland, mostra o avanço que o Estado de Sergipe que realizado na área de jogos. Nessas empresas são 16 profissionais que atuam produzido jogos educativos e casuais, games para celulares e programas para empresas. “Após percebermos que nossos sites tinham cerca de 10 mil visitantes únicos ao mês ampliamos a possibilidade de oferecer espaço para anúncios no site, o que gera um razoavel retorno financeiro”, conta.
Geber Ramalho, doutor em tecnologias, informa que no Estado de Recife as pesquisas nessa área têm ganhado uma maior visibilidade. Lá se concentra a maior produtividade em games na região do Nordeste. “São nove empresas, dentre elas a Meantime, Playlore e Manifestogames que produzem software para grandes fabricantes de celulares e para outras modalidades, que empregam em torno de 200 pessoas”, diz o professor e pesquisador concluindo que, atualmente vários projetos vêm sendo desenvolvidos, incluindo uma capacitação para produção de jogos que dura três anos, dando oportunidade a nível técnico para jovens que se interesse pelo mercado.
Confira o que aconteceu de mais interessante no segundo dia do evento.
Confira um trecho da palestra de Geber Ramalho