30.3.08

Mato Grosso: educação como exemplo


Segundo matéria publicada no Diário de Cuiabá, revela que três municípios mato-grossenses são referência nacional em rede municipal de Educação. O estudo “Rede de Aprendizagem: Boas Práticas de Boa Educação no Brasil”, realizado pelo Ministério da Educação, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), apontou 37 municípios de todo o país que, a despeito dos obstáculos característicos da escola pública e dos problemas comuns às regiões, oferecem o que se pode classificar de educação exemplar. Nesse contexto, estão Rondonópolis (sul), Apiacás (norte) e Comodoro (oeste de MT). Para o MEC, o mérito desse trabalho é a identificação de práticas simples que geram resultados positivos. Segundo a Secretaria Básica do MEC, foram desenvolvidas ações que podem muito bem ser executadas em todas as escolas brasileiras e que contribuem para a implementação de um ensino de qualidade. Como, por exemplo, o incentivo à leitura (tão importante e necessário, mas para o qual, infelizmente, dá-se pouca ou nenhuma atenção) e o cuidado com a merenda e com as salas de aula. Para o governo, a divulgação dessa grata realidade, além de uma obrigação, configura uma espécie de desafio direto às demais escolas para que utilizem boas práticas como essa. “Essas 37 redes não são as únicas a garantir a aprendizagem dos alunos, mas apenas uma mostra de como a escola pública pode ter qualidade”, nota a representante do Unicef no Brasil, Marie-Pierre Poirier em entrevista concedida ao Diário de Cuiabá. Esse bom desempenho foi comprovado pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) acima da média nacional, que é de 3,8, em uma escala de zero a dez, principalmente nas séries iniciais do Ensino Fundamental (antigo Primeiro Grau). E um dos fatores decisivos para a boa educação, de acordo com a pesquisa, é conhecer e respeitar a cultura e as características dos alunos.O que acontece nessa região não é algo impossível para a realidade nordestina, mais precisamente de Salvador. Ainda que as condições de trabalho sejam difíceis e a falta de incentivo profissional sejam características marcantes no magistério, essa pesquisa vem nos trazer esperança de que podemos fazer muito pelos nossos alunos de classes populares e que a educação de qualidade pode ser acessível a todos, independente das adversidades encontradas no processo.