No último dia 17, a educadora e escritora Sandra Bozza esteve na capital baiana para discutir o processo da aquisição da linguagem pelas crianças dentro da cultura em que estão inseridas. O evento ocorreu em uma instituição particular de ensino no bairro do Cabula, reunindo professores de Educação Infantil e Fundamental.
Baseado no livro “Ensinar a Ler e Escrever: uma possibilidade de inclusão social”, Bozza apresentou trabalhos desenvolvidos por educadores que coordena.
A autora defende a idéia de que o Brasil não está sozinho quanto à falta de hábito em leitura: “a América Latina possui uma forte tradição em cultura oral, portanto, é importante que a escola crie oportunidade de favorecer uma maior aproximação entre as crianças e os livros”. A criança tende a copiar hábitos dos adultos e, no processo de aquisição da linguagem, a família tem um papel fundamental.
Bozza sustenta a idéia de que o ensino deve ser dividido em quatro partes: ler, escrever, ouvir e falar. Segundo a educadora, é fundamental que cada um dos processos tenha a mesma porcentagem para que a aprendizagem ocorra de forma significativa.
A avaliação é sempre uma questão que gera polêmica entre os professores, pois têm que lidar com cobranças por parte da família das crianças, que exigem uma pontuação no boletim. Diante desta questão, a escritora defende a idéia de que o erro é fundamental no processo da aquisição do conhecimento e a avaliação deve ser processual e distribuído por porcentagem, ainda que isso seja transformada em pontos no final da unidade.
Para mais informações sobre o trabalho de Sandra Bozza, acesse: http://sandrabozza.com.br