O Brasil carrega um dado vergonhoso quando à educação do seu povo. São 13,9 milhões de adultos que não sabem ler e escrever, ou seja, 9,6% da população a partir de 15 anos, de acordo com o Censo 2010. Para cumprir a meta da ONU, deveremos reduzir esse número pela metade até 2015. Nos últimos dez anos, o Brasil reduziu para 2,3 milhões, o que é um avanço significativo. Contudo, se mantivermos os mesmos desempenhos, só atingiremos a meta proposta pela ONU em 2020, como já foi informado pelo Ministro da Educação, Fernando Haddad. O problema é que a maioria da população analfabeta tem em torno de 60 anos de idade, o que dificulta o processo de aprendizagem. Embora programas como Alfabetização Solidária e o Brasil Alfabetizado tenham obtido bons resultados, ainda sim a situação está longe de ser solucionada. De acordo com entrevista publicada no site do Estadão, o ex-secretário de Educação de Pernambuco e atual integrante do movimento Todos pela Educação, Mozart Neves Ramos, informa que "o Brasil terá de fazer um esforço grande para chegar à meta fixada com a Unesco. São os rincões do Norte e do Nordeste que mais contribuem para a taxa entre os adultos", e conclui: "Para reduzir as taxas, é preciso o empenho direto dos prefeitos, a mobilização nas igrejas, campanhas permanentes nas rádios", diz. Já entre as crianças o resultado é diferente. Temos obtido bons resultados de acordo com o Censo 2010. A taxa de analfabetismo caiu de 7,3% em 2000 para 3,9% em 2010. Contudo, ainda temos cerca de 671 mil crianças que ainda não conseguem ler ou escrever, enquanto o ideal é que elas sejam alfabetizadas até 8 anos de idade. Vamos precisar nos esforçar muito para transformarmos nossa nação, pois um país só cresce quando investe na educação por meio de formação e melhores condições de trabalho para os professores e isso envolve não apenas a valorização da categoria, mas também aos recursos físicos e materiais.