O Ministério da Educação confirmou na manhã desta segunda-feira (28) o novo piso salarial nacional para os professores de R$ 1,451. Os profissionais do ensino básico tiveram um reajuste de 22,22% em relação ao valor anterior que era de R$ 1,187. Além do valor mínimo, a lei do piso também exige que um terço da jornada de trabalho seja fora da sala para planejamento, elaboração de aula e atendimento.
Para chegar a esta porcentagem, o MEC utiliza como base o valor gasto por aluno no Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), como é previsto por lei de 2008 e este salário compreende ao mínimo que deve ser pago pela jornada semanal de trabalho de 40 horas. Apesar o piso só ter sido aprovado no final de fevereiro, os professores receberão o retroativo referente a janeiro.
A notícia do aumento não agradou alguns governadores, dentre eles Jaques Wagner, da Bahia, alegando que muitos municípios não teriam condições de pagar o novo montante e nesta manhã (29), governadores de 10 estados estão em Brasília para pedir a troca do parâmetro usado nos reajustes. Eles querem que este aumento seja de 22,22% para 6,08%, baseado no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). De acordo com a CNM (Confederação Nacional dos Municípios), o novo salário terá impacto de R$ 7 bilhões para os municípios.