7.6.08

Educação para a diversidade


Gays pedem a inclusão da educação para a diversidade sexual nas escolas públicas
O Movimento de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transsexuais e Travestis (GLBTT) reivindicam para que haja a inclusão da educação para a diversidade sexual nas escolas públicas, que deve ser votada no dia 8 de junho, no encerramento da 1ª Conferência Nacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transsexuais, realizada em Brasília.
Segundo reportagem publicada no site do Jornal A Tarde, O secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), André Lázaro, lembra que a questão da orientação sexual já é contemplada em materiais da secretaria, “desde material que orienta o gestor quanto à importância de uma política até material de formação de professores”. Lázaro destaca também o curso “Gênero e Diversidade na Escola”, oferecido em 2006 de forma experimental e que deve ser oferecido a 15 mil professores no segundo semestre deste ano, em 11 universidades.
O secretário lembra ainda uma ação da Secretaria de Estado de Educação do Pará que baixou uma portaria determinando que o nome social das pessoas travestis, o nome que elas escolhem, seja o que consta nas listas de chamada. “Pode parecer uma coisa simples, e é simples, mas tem um significado simbólico muito grande, de você acolher aquilo que é a forma pela qual a pessoa quer ser identificada”, ressalta.
Para André Lázaro, no entanto, não há muito mais o que fazer dentro das escolas. Ele diz que as instituições de ensino podem introduzir novos valores na sociedade, mas lembra que, primeiro, elas reproduzem aquilo que está na sociedade. “Não será a escola sozinha que vai mudar o mundo, é preciso uma política de apoio à escola, uma política de valorização do professor”, defende. E completa: “é preciso que a cultura também valorize a diversidade sexual, que os meios de comunicação não tenham clemência com a violência contra homossexuais, travestis, as lésbicas, a escola não tem que ser o único fator de mudança”.