9.4.09

TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade - TDAH constitui um dos transtornos do desenvolvimento que afetam crianças no convívio familiar, escolar e social. Portanto, justifica-se o empenho de vários profissionais no estudo do transtorno como: médicos, psicólogos, psicopedagogo, professores, entre outros. Atualmente estima-se que de 3% a 5% das crianças que fazem parte da população escolar sofrem de Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade – TDAH. Embora, muitos pesquisadores alertam para o fato de que esse percentual pode aumentar e de que é necessário se instituir medidas preventivas eficientes para diagnosticar o TDAH precocemente.
Muitos sintomas do TDAH são observados pelos pais quando as crianças são bem pequenas e ainda não foram para a escola, contudo esses sintomas geralmente são confundidos com falta de disciplina e falta de limites. É na fase dos primeiros anos de vida que os pais precisam ficar atentos para estimulá-las e observá-las no contato social com crianças da mesma faixa etária. A inquietação excessiva, a falta de atenção nas brincadeiras e a incapacidade de seguir regras em jogos são alguns dos sintomas que podem ser percebidos pela família. Entretanto é na escola que os problemas agravam-se e as dificuldades da criança se intensificam, pois é nesta fase que familiares e educadores percebem que a criança não presta atenção, determinando dificuldades escolares diversas e às vezes distúrbios no seu relacionamento. Logo, no ambiente escolar os sintomas do TDAH passam a interferir no processo de aprendizagem, no qual são realizados inúmeros exercícios que aumentam a atividade cerebral, exigindo maior atenção, disciplina e planejamento.
As dificuldades mais freqüentes entre os indivíduos com TDAH são: o primeiro é o baixo desempenho acadêmico devido à falta de atenção em tarefas que exigem concentração, a não finalização dos trabalhos independentes e a pouca permanência na cadeira, em segundo as altas taxas de cumprimento às regras e agressividade que muitas vezes ocorrem quando são repreendidos ou alguma tarefa torna-se frustrante e o terceiro é a dificuldade de relacionamento com colegas, intrometendo-se em brincadeiras que já começaram, poucas habilidades de conversação (interrupções freqüentes, atenção mínima ao que os outros dizem).
Na escola, os professores são os primeiros a observar esses comportamentos e, portanto, à família, deve ser comunicada para que busque profissionais adequados que mediante avaliações cheguem ao diagnóstico e possam elaborar junto a uma equipe o tratamento mais adequando para cada criança com TDAH.
Uma vez diagnosticado o TDAH e que os sintomas são por definição exibidos em vários ambientes, as estratégias de tratamento devem ser elaboradas por diversas pessoas responsáveis pelos cuidados desta criança. O foco no tratamento é o comportamento, por isso, deve ser desenvolvido, com freqüência, atividades dessa natureza, incluindo nestas, a realização plena de atividades independentes, com base nas orientações do professor, coerência de respostas acadêmicas e interações com colegas. Portanto, trabalhar na perspectiva de equipe (diversos profissionais envolvidos), durante o tratamento do TDAH, é um caminho importante para se alcançar um bom resultado. A boa comunicação entre profissionais envolvidos (psicopedagogos, psicólogos, médicos, pais e professores) é fundamental por várias razões. A avaliação do TDAH e dos problemas relacionados é um processo que envolve múltiplos informantes, métodos e contextos. Esse processo envolve a comunicação de informações, observações e opiniões que juntos irão planejar as intervenções adequadas a cada criança com TDAH.