11.12.10

O Brasil ficou na 53º colocação no Pisa


O 4º Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), avaliou a educação em 65 países. O Brasil ficou em 53º lugar, com 386 pontos em matemática, 412 em literatura e 405 em ciências.
A revista britâncica, The Economist publicou na última quinta-feira (9) que o nível das escolas brasileiras é “de desastroso a muito ruim”, baseado nos dados divulgados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo a Organização, tivemos “ganhos sólidos” durante a última década. Vale ressaltar que obtivemos, em média, 20 pontos em relação ao último teste (2006).
De acordo com reportagem publicada no site BBC, a pesquisadora Barbara Bruns, do Banco Mundial, cita entre os motivos para a melhoria o sistema brasileiro de avaliação escolar, criado há 15 anos. “De um ponto de partida em que não havia nenhuma informação sobre o aprendizado do estudante, as duas (últimas) presidências construíram um dos sistemas de medição de resultados educacionais mais impressionantes do mundo”, disse ela.
Apesar do avanço, a revista diz que dois terços dos jovens de 15 anos são incapazes de fazer qualquer coisa além de aritmética básica. “Mesmo escolas privadas e pagas são medíocres. Seus pupilos vêm das casas mais ricas, mas eles se tornam jovens de 15 anos que não se saem melhor que um adolescente médio da OCDE”, afirma a publicação.
Para The Economist, a principal razão da péssima qualidade na educação está ligada ao o desperdício de dinheiro. “Como os professores se aposentam com salários integrais após 25 anos para mulheres e 30 para homens, até a metade dos orçamentos da escola vai para as aposentadorias”, diz a revista que ainda afirma que os professores podem faltar 40 dos 200 dias letivos sem que o salário seja descontado e conclui: “Se o Brasil alcançar a nota, será porque conseguiu espalhar essas práticas inovadoras por todos os cantos”.
Sabemos que obtivemos uma pontuação média de 500 pontos em um ranking de 1000 e, com base nesses resultados, superamos países como a França, Espanha e EUA. De acordo com o ministro Haddad, em entrevista pata a Agência Brasil, “o setor público sabe oferecer boa educação, mas ainda é preciso remunerar bem o professor, investir em laboratórios e em educação integral”.